O rei Luiz Gonzaga cantou
nos versos de "Pau de Arara":
- Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu
matulão.
A música retrata as
lembranças de um retirante nordestino quando do êxodo à "Cidade
Grande", e de como ele trouxe consigo não só a força do trabalho braçal,
mas a cultura da sua terra que era elemento indissociável do seu próprio
caráter.
O xote, o maracatu e o
baião eram a forma de lembrar-se do ficou na terra natal, esperando pelo
sertanejo, deixando claro que sua ida nunca seria uma opção de bom grado. A sua
cultura serviu como escafandro para que o homem completamente ligado ao próprio
solo pudesse sobreviver a milhares de quilômetros longe dele.
Isto é matulão: a cultura da resistência, o telurismo, a
reverência aos grandes mestres anônimos do sertão à dentro, é a produção fora do
contexto da “moda rápida”, que anula a individualidade e reduz a qualidade.
Produzimos poucas peças, pois produzimos peças únicas,
focamos na exclusividade da matéria-prima e do processo.
Alegria, força, resistência, cultura, qualidade e
exclusividade, tudo isso trazemos dentro desse MATULÃO.
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